terça-feira, 11 de dezembro de 2007

...


Porque não devo escrever só quando estou triste... porque é deveras quando me sinto mais inspirada aqui estou eu... a escrever porque me sinto feliz...
Não tenho escrito... não só porque não tenho net (temporariamente), mas também porque a minha inspiração tem aspirado para outros horizontes...
sinto-me feliz, feliz por ter um homem ao meu lado, que hoje me aceita como sou, feliz pelas nossas brigas de almofadas... apesar de as nossas geralmente não implicarem exactamente almofadas... normalmente é mais espuma de barbear ou do cabelo, pasta de dentes ou mesmo meias usadas... sei que é estranho... mas é tão bom quando por tudo e por nada desatamos numa galhofa que não tem fim, e quando só paramos porque já não aguentamos os musculos da barriga e da cara de tanto rir... Amo-o por isso e por muito mais... Por cada vez que eu perco a calma e as lágrimas me chegam ao espelho da alma e ele sempre do meu lado para me dar a mão... para me ajudar a erguer.. ou até para me substituir para que eu não tenha de sofrer... pensei que já não se faziam homens de tamanho coração!

Pelas vezes que temos arrufos e em que ele me deixa levar a bicicleta só para que as coisas não se agravem...
Por chegar a casa e ter tudo arrumadinho posto no seu devido lugar para que não tenha de fazer nada no fim de semana, pela ajuda preciosa que é a fazer o jantar... Sinto-me numa paz interior que há muito não sentia...
Pelas vezes pegamos na Gucci e fazemos judiarias com ela de morrermos a rir... ela adora-nos assim!

Amo-te muito bixinho!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Se um dia...


... Quando um dia quiseres ir, quando a vontade de partir for, por um segundo, maior que a de ficar, então vai... simplesmente vai...
Comigo deixa todos os sorrisos, toda a alegria, toda a paixão que partilhámos, contigo leva o melhor de mim, leva a certeza de que te quis muito, deixemos a mágoa que acabaria por chegar, a raiva, a discórdia, o desespero, o rancor.
Se fores não mo digas, faz o teu melhor sorriso, deixa-me um beijo sincero e parte, é assim que te quero recordar para sempre, só quero lembrar-me de tudo o que foi muito bom, quero ter a certeza de que te fiz muito bem, como fizes-te a mim também.
Quando o sol deixar de brilhar mais intensamente junto de mim, quando os dias se tornarem mais monótonos e cansativos na minha companhia, então o caminho chegou ao fim, quando os melhores, maiores e mais sinceros sorrisos não forem comigo ou de mim ou de nós, então resta-me deixar as vidas seguirem o rumo que pretendem, as almas fugirem para onde se sentem verdadeiramente bem.

Não quero perder-te nunca e não tenho a presunção de te ter, quero que voltes sempre e só porque te apeteceu, a cada dia que te vejo entrar por aquela porta com aquele sorriso fantástico, sei que nos pertencemos, sem que sejamos de ninguém, essa é a melhor forma de comunhão é como gosto de te ter e de ser... não sendo de ninguém...
Enquanto estamos juntos e partilhamos a vida que chega a ser uma para dois, em que partilhamos corpos que nunca distinguimos como sendo de um ou de outro, enquanto as nossas gargalhadas nos ecoam numa mente feliz em uníssono, enquanto o acto de nos amarmos for mais forte que tudo o que nos seja exterior, que toda a vida que corre lá fora, que todos os outros, quero esgotar-me contigo, quero ser parte de ti, quero partilhar-me contigo e quero que continues a fazer-me feliz...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Halloween...


























Antes de mais espero que todos tenham tido assim um Grande Halloween...
Deixem-me dizer-vos que o meu foi fantástico!!!

Para fazer com que uma uma noite de Halloween se parece-se com uma real noite de bruxinhas este ano reservaram-me algo especial... Compraram-me um bilhete para o espetaculo que decorreu nessa mesma noite... Fui ao Coliseu ver os Moonspell... e ainda na abertura do concerto os Root... sinceramente era algo que eu não ansiava,simplesmente porque nunca me tinha dado ao trabalho de tentar ouvir Moonspell, e de qualquer das formas também não é o género musical que eu mais admirava até há noite de 31 de Outubro....
Ahahahahaha....

Bem quando lá cheguei á entrada quase que tudo se parecia com a preparação para um ritual, todas as pessoas estavam deveras vestidas a rigor para a ocasião... as mulheres com lindos vestidos góticos, pretos e vermelhos na sua maioria, com corpetes e rendas, saias curtas e compridas até capas a adornarem os seus corpos, a maquilhagem carregada no olhar e nos lábios adequada á ocasião os cabelos ou muito compridos ou arranjadinhos com penteados esplêndidos... os homens muito simples na sua maioria vestidos de negro a acompanharem as senhoras... parecia que tínhamos remontado a uma época em que os vampiros predominavam... realmente fascinante!

Mas não vou deixar de dizer que eu ... que desconhecia esta preparação... era uma das pessoas mais vistosas e nada adequada á ocasião... com uma blusa toda gira cinzenta, azul e preta, eu estava realmente deslocada mas isso não interferiu em nada...

O concerto foi arrepiante... não no mau sentido mas sim no bom... fiquei deslumbrada com todo o desenrolar dos acontecimentos!

Nessa mesma noite fiz cinco anos de namoro com o meu companheiro da vida... foi um belo aniversário... Obrigado Amor!

Espero que também tenham tido uma esplêndida noite de Halloween....

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Osíris e o chamamento dos Deuses


Já que falamos em arte... lololol o ponto cruz não é a minha única paixão... esta foi uma tela pintada a óleo que eu fiz e que a quero colocar o corredor... Osíris, Deusa da Vida após a Morte, a fazer um chamamento aos Deuses! Espero que gostem.. eu gosto!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ponto Cruz....


Nunca percebi muito bem porquê mas sempre gostei... não desfazendo da arte e de quem gosta... a renda, o tricô e outros a mim pouco me diziam.... este foi o primeiro que fiz... devia de ter os meus 15 aos.... lolololol as coisas que me lembrei de começar a fazer tão cedo!!!

Tenho pena de não ter mais nenhum... pois os que fiz fui dando!!!

Ou porque os fazia propositadamente para oferecer ou porque não resisto a uma choradinha....
e quando vem de pessoas de quem gosto muito... é para esquecer.. neste momento está a ser a minha terapia para esta viagem extenuante e estonteante que é a vida...

Estou a fazer um alce e uma águia... assim que se parecer com alguma coisa prometo postar aqui a foto... de qualquer das formas hei de postar aqui alguns esquemas de ponto cruz visto que agora que me aventurei a largar as revistas e partir para a Internet é que me apercebi que sites até há muitos mas esquemas decentes há muito poucos..... Mando um beijinho á Carla e á Amália... vi os blogs e adorei!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Sinto-me assim....


Mais uma vez a minha vida muda...

Impressionante a velocidade a que as coisas se transformam, como o mundo gira mais rapidamente do que imagino e de um dia para o outro toda a minha perspectiva muda...

Deve ser esta luta constante entre o eu Virgem e o eu Escorpião....

Tenho alturas em que não sei bem o que quero, tenho alturas em que sei o que quero... e tenho alturas em que penso que sei o que quero.. e depois faço más escolhas....

Mas a vida é assim, muitas vezes escorregamos, muitas vezes caímos e muitas vezes não andamos... voamos!!! Supostamente é todo este conjunto que nos transforma nas pessoas que somos, nos hábitos que criamos e nos medos ou certezas que sustentamos!

Sinto-me feliz... mas ao mesmo tempo muitas coisas me atormentam... Sinto que esta mudança me alterou, me fez deixar de ser tão prepotente, tão pretenciosa, mais consciente, menos impulsiva...
Precisei perder-te para me encontrar, para crescer mais um pouco, fico feliz por me ter doído, não por ter errado, mas por estar consciente de que errei... ter e certeza de que não sou perfeita, que tal como tu cometo os meus pecados e carrego a minha cruz.... mas isso faz-me feliz...
Ter sentido a tua ausência para ter a consciência da falta de tudo o que há em ti... que me completa!

Neguei durante muito tempo que me doía, neguei durante muito tempo as saudades, neguei e reprimi o sentimento! Mas tudo isso foi bom...
Valorizo-te muito mais agora... que aprendi que sem ti não vivo... sobrevivo!

Agora sim... sei que é Amor... que não é apenas um hábito, sei que é Amor... que não é apenas uma paixão... sei que é Amor, que não é apenas um conforto!

Amo-te... reconheço que nem sempre te Amei da melhor maneira... nem sempre tive as melhores atitudes, mas estou disposta a aprender a teu lado.. crescer contigo, ser feliz contigo!

E com tudo claro que tenho receios... claro que tenho dúvidas, mas os medos são para encarar de frente e não servem para guardar pois costumam crescer... Por isso estou disposta a mandar-me de cabeça e esquecer sempre os receios em vez de os alimentar!

Amo-te e este amor causa-me um turbilhão de sentimentos que não sei explicar.. sinto me assim... sinto-me não sei bem como.. mas estou bem assim!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Um novo rumo...


Tenho este terrivel hábito, o de acreditar demais nas pessoas...Na veracidade das palavras de cada um, na sinceridade dos seus actos...
O hábito de julgar e esperar dos outros aquilo que sou!

Dou demais de mim a quem não me dá valor, a quem realmente só tem algum interesse que depois de o realizar se esquece....
Esta inocência, ingenuidade magoa-me.. faz-me sofrer sim... mas sou isso mesmo e por muito que tente não consigo ser diferente... apesar de saber que há quem se aproveite da minha bondade, da minha alegria de viver e ver quem está perto de mim feliz!

Mas por me entregar demais já sofri muito.. e desta vez sofri demais...
Acordei daquele estado dormente em que me encontrava, vi aquilo que não queria ter visto, percebi e entendi o quanto me enganaram... o quanto me iludiram com palavras e sentimentos que não eram verdadeiros... que nunca em tanto tempo foram reais.

Sinto-me ferida, magoada, triste por pensar que foram anos que levei a construir amizades e relações que derrepente se foram... todo o meu castelo ruiu... caiu... os meus sonhos jogados por terra, os meus ideais afundados num mar profundo...

Todos me atraiçoaram.. aqueles que durante anos foram o meu forte, o meu porto de abrigo... pensar que ao fim de tanto tempo afinal não conhecia as pessoas com quem partilhei a Minha Vida!

Mas o que eu acho engraçado é que quando estou mais arrasada, quando me sinto mais cansada e sem forças é quando as vou buscar onde nem sabia que as tinha... é quando eu levanto a minha cabeça e redefino o meu rumo...

E agora tenho um novo rumo... novos sonhos, novos ideais... vou caminhar para longe das ruínas do meu castelo sem olhar sequer para trás, vou construir pouco a pouco o meu palácio, nunca tive medo de grandes desafios... batalhas ou mesmo guerras.

Baixar os braços??? NUNCA!!!

Luto pelo que quero... e já sei o que isso é!!!

domingo, 24 de junho de 2007

Hoje não...




Hoje não quero ouvir, sentir, dar, receber, nada... hoje quero ficar num cantinho em que só eu lá caiba...

Hoje dói-me tudo, sem que sinta nada, há um vazio enorme, dentro de mim, que nem sequer me apetece preencher, a alma está ferida, o corpo dormente....
Ter de levantar-me, arranjar-me e sair de casa neste estado é demasiado doloroso.... e olhar-me foi terrível.
Não me apetece tirar os óculos de sol, num dia tão triste como este, não me apetece tirar o casaco dentro de um espaço quente, não me apetece olhar, não sei o que estou aqui a fazer, é tudo demasiado para mim hoje...
Os pássaros não cantam na minha janela, o dia não quer nascer, o sol não vai brilhar, o vento pede-me para que volte para casa, mas tenho de ficar...
Esta melancolia que me invadiu, teima em deixar-me assim, amorfa, pesada, enrugada, mesquinha e eu não sei lidar com isto!

A vida não é para ser assim e eu não gosto de ser assim, mas até a a tentativa de esboçar um sorriso é infrutífera, como se cada músculo do corpo me pedisse hoje para que o deixe em paz, para que o esqueça por hoje, como se a alma tivesse tirado o dia só para si para se recompor, ou talvez reciclar...

Nunca percebi se estes dias são negativos ou positivos, pois é sempre em dias como este que renasço de mim própria, que retiro ensinamentos de vida, que descubro mais um pedaço de mim, mas dói...
Não vejo a hora de regressar a casa, deitar-me na minha cama, colocar uma música bem calma... chorar talvez... eu adoro chorar, chorar porque sim, porque lava os sentires, porque nos levita, depois tomar um banho e deitar para voltar a renascer.

É isso, preciso renascer....

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Viver....


A vida nem sempre é como gostamos, ou se calhar a grande dificuldade é saber do que se gosta...


Entre as noites tórridas de um calor que vem de dentro e uma aragem que continua a deixar-me a pele arrepiada, sinto-me sempre preparada para o que a vida reservou para mim, ainda que nem sempre o aceite de animo leve, prefiro ser eu a conduzir a vida, não gosto que seja ela a transportar-me, não vá ela deixar-me num sitio de onde seja já irremediável sair...



Os ventos provocam-me incertezas, desânimos momentâneos, apatias desconfortáveis, por vezes a insegurança é a maior certeza...


Do alto do meu ser, sinto-me por vezes tão pequena, dentro de todo este fogo que me consome, há um gelo tão poderoso que quase rói...


Acordar todos os dias e manter a rotina que muitas vezes é só para nos sentir-mos vivos, não chega para me sentir realizada, os objectivos, as ambições só me tornam escrava da vida e deixar de viver pelo que gosto, mas viver pelo que quero, já chega.


O que eu quero mesmo é chamar vida a tudo o que faço por prazer, acordar cedo porque há demasiados sorrisos para dar nesse dia, porque há momentos que não posso mesmo perder, viver pelo prazer de saborear o que me faz mal e me sabe pecaminosamente bem....


Viver para depois morrer não chega, quero viver tudo o que a vida deixar, sem a obrigação de ter de cumprir os meus objectivos, sem a pressão de ter de ser feliz, só se é feliz quando nem nos lembramos que a felicidade existe...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Há voltas e voltas....

Bem a minha vida é fantastica....
agora pareço estar a esncarrilar com as coisas...
Num tempo em que era assombrada por uma tristesa constante... pois num tempo.. que já passou!!!

Numa transformação repentina tornei-me amiga da noite.... do amigo... do conhecido... do verão, da loucura em que se tornou a minha vida!

Adoro-me... como diz o anuncio... se eu gostar de mim... kem não gostará???

loool

Sinto-me feliz... estou rodeada por tudo aquilo que me fascina e me alegra... miuda! fazes parte da minha vida.. és uma irmã não de sangue mas de alma! Agradeço-te por teres me abraçado durante esta transformação... agora a bombar No Mangas Bar!

lololol

Estou tão feliz k m apetece gritar ao mundo!

...
Mas sinto me muito realizada... Dedicando-me a mim e ao que me rodeia.. sozinha... não! Sempre com o meu coração cheio de gente, de emoções.....

Amo-te VIDA!

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Grazie...


Há certos dias em que a angustia se apodera de mim, de tal forma que me é impossível, sequer perceber a sua razão, sentir-me vazia, cabisbaixa e não saber como actuar é das piores sensações que pode ter a vida.
Uma vida sem objectivos e ambições não é vida é passagem pelo mundo, viver só por viver é um estado latente ao qual não estou habituada e não gosto de encarar, mas ás vezes custa seguir os caminhos traçados.
Sou uma pessoa dita bem disposta, sorridente, lutadora, como todos devemos ser, mas tenho momentos em que só o silêncio me pode aconselhar, em que a meditação é a melhor bebida para a alma, em que a música só alimenta o vazio que se instala em mim. Se calhar todos nós temos momentos destes, eu é que nunca saberei lidar com eles, se apesar de todas as adversidades que tem uma vida, não conseguir sorrir, não conseguir ultrapassar e passar ao nível seguinte, não consigo encontrar vontade de viver.
Sempre me senti de certa forma incompreendida, lembro-me de uma pessoa um dia me dizer isso mesmo, que toda a vida teria a noção de que ninguém percebe o meu ponto, os meus medos, as minhas angústias, porque algumas vezes nem eu mesmo percebo o porquê das coisas, o porquê do meu estado, aceita-las e aceitar-me como sou...
Escrever sempre foi das melhores formas de me libertar, sempre foi um cato de liberdade, sempre me fez sentir bem, ou porque exorcizava os fantasmas que pairavam sobre a minha mente, ou porque dessa forma revia um momento de alegria, ou porque é uma das melhores formas de recordar, porque me encantam as palavras e porque definitivamente é a melhor forma de sedução.

Escrever sobre nós próprios é talvez a maneira mais fiel e genuína de sentir, escrever sobre o que nos atormenta é como encarar de frente um problema que por vezes está só na nossa mente. escrever sobre o que me fascina é das maneiras mais prazerosas de passar o meu tempo... descrever em palavras o prazer da carne, o erotismo, a sensualidade, é um exercício sempre arriscado, sempre tentador, perigoso, mas igualmente gratificante, excitante quando o que lá está, fui eu, foi sentido por mim, é parte integrante de mim, é o meu suor, são os meus sorrisos, os meus gemidos... uma paixão sem dúvida.
Quando comecei a escrever este blog, não tinha muito bem a noção do que queria... apenas sabia que queria algo além dos meus documentos e uma página fria do Word para salvar palavras por mim ditas, pensadas, escritas... vividas! Queria algo com que me identificasse,o onde pudesse expor tudo o que guardo para mim, sem medos e receios tontos!
Quando comecei não sabia ao certo que tipo de conteúdo pretendia para o 'meu blog', confesso que era algo que me assustava, pela responsabilidade que sentia, já que escrever ainda que só para eu ler, mas ler-me... pode ser assustador. Inconscientemente, acabei por enveredar por este tipo de blog, mais ou menos sensual, despido de receios, sincero sempre, não foi uma escolha pensada, percebo agora que foi uma necessidade... que na realidade me faz muito bem....
Mas se me permitem, está a ser un vero piacere, deixar-me aqui, sempre que a alma mo pede e as palavras mo permitem...

A quem me lê, o meu imenso Obrigado...

quarta-feira, 21 de março de 2007

O amor...


Não gosto da expressão "fazer amor", o amor não se faz... sente-se!
E a verdade é que se vai sentindo cada vez menos... se é que se sente, cada vez se crê menos no amor, cada vez é mais difícil o amor na verdadeira acepção da palavra... qual será a acepção?

Houve um tempo, em que julguei mesmo que um dia olharia para um homem e saberia no mesmo instante "é aquele" e todas as palavras do mundo seriam desnecessárias, pois a simples troca de olhares formaria uma linguagem universal entre dois bons amantes ... ainda acredito.

Aliás, costumo pensar no que será de facto o amor, há inúmeras definições, há belíssimos poemas, há maravilhosas melodias... mas terá alguém alguma vez percebido que o que sentia era mesmo amor?

Se é amor a sério, enfrenta tudo?

Se é amor incondicional, perdoa tudo?

Se é amor puro, dura para sempre?

Deixem-me acreditar que sim, não quero ouvir mais que afinal já não há amores verdadeiros, que as relações são como o fast-food, que o sexo prevalece aos sentimentos~. Deixem-me continuar na ingenuidade então.

O amor nada tem a ver com sexo, a amor sente-se na alma, o bom sexo vive-se na carne.

O sexo é prazer, intenso, luxúria, desejo, carne, fogo... e a amor, que palavra minúscula para tamanho sentimento, que significado reduto para tamanha felicidade, que letras vãs para inigualável estado de alma...

Cada vez apetece-me mais o amor, se calhar pela raridade, hoje em dia tem-se sexo a qualquer hora, tem-se prazer em qualquer canto, mas há vidas que passam sem um único segundo de amor, que tristeza... tenho medo.

Não sei definir o amor, provavelmente nunca o senti, mas se o senti, se aquilo era o amor, então foi de facto bom, tão completo e único que não arrisco a explicá-lo e dessa forma reduzi-lo!

Todas as definições de amor que li, achei sempre incompletas, todas as imagens que vi, sempre me pareceram ocas, mas os actos de amor, aqueles pequenos gestos imperceptíveis aos olhos alheios, aqueles sorrisos perdidos no meio da multidão, aquela vida partilhada sem nada a partilhar... isso deve ser amor.

Não devem haver almas gémeas, os gémeos nem sempre se dão bem e as almas dos seres que se amam, provavelmente complementam-se no meio das suas diferenças.

Se calhar o amor nem existe, por isso é que há tantas definições para o mesmo sentimento, se calhar todos buscamos com tanta intensidade algo de tão profundo e na realidade o que há é só vontade imensa de nos darmos a quem nos quer bem, e fazer o bem a quem nem sempre nos conhece....

sexta-feira, 16 de março de 2007

Apetece...


Apetece-me o amor, ou talvez a sensação pura, livre, inocente e inconsequente que ele me provoca.

Apetece-me a paixão arrebatadora, irracional, impulsiva, intensa, verdadeiramente apoteótica...

Amagia das borboletas no estômago, a loucura dos actos impensados, a fantasia do eterno, a utopia da perfeição... apetecem as noites sem sono, os dias sem fome, as palavras sem sentido e o olhar perdido a procura de alguém... sobretudo sentir que é aquele alguém...

Esperar um dia inteiro por um beijo que sei, vai valer cada minuto de espera e sorrir secretamente com a memória do ultimo entralaçar de mãos.

Apetece-me ter um alguém a quem entregue a alma para me cuidar, a quem dê o que sou e me ame por isso mesmo, a quem conte todos os meus medos e segredos, e num só abraço ou num mero afago consiga dissipar....
alguém que eu possa cuidar e mimar, contar os meus pecados e pecar em perfeita sintonia.

Acordar numa manhã de chuva, dentro de um pijama, despenteada e ensonada, olhar para o lado e perceber que não me falta nada, saber num olhar que estou perfeita e sentir num beijo o calor a brotar do âmago...

Apetece-me levitar com um olhar, roborizar com um sorriso, transpirar com um gesto e gaguejar com uma atitude.

Apetece-me viver por e para alguém, apetece-me esquecer limites e racionalidades, pensar que tudo é para sempre e que o amor é uma condição de vida da qual não abdico mais...