A vida nem sempre é como gostamos, ou se calhar a grande dificuldade é saber do que se gosta...
Entre as noites tórridas de um calor que vem de dentro e uma aragem que continua a deixar-me a pele arrepiada, sinto-me sempre preparada para o que a vida reservou para mim, ainda que nem sempre o aceite de animo leve, prefiro ser eu a conduzir a vida, não gosto que seja ela a transportar-me, não vá ela deixar-me num sitio de onde seja já irremediável sair...
Os ventos provocam-me incertezas, desânimos momentâneos, apatias desconfortáveis, por vezes a insegurança é a maior certeza...
Do alto do meu ser, sinto-me por vezes tão pequena, dentro de todo este fogo que me consome, há um gelo tão poderoso que quase rói...
Acordar todos os dias e manter a rotina que muitas vezes é só para nos sentir-mos vivos, não chega para me sentir realizada, os objectivos, as ambições só me tornam escrava da vida e deixar de viver pelo que gosto, mas viver pelo que quero, já chega.
O que eu quero mesmo é chamar vida a tudo o que faço por prazer, acordar cedo porque há demasiados sorrisos para dar nesse dia, porque há momentos que não posso mesmo perder, viver pelo prazer de saborear o que me faz mal e me sabe pecaminosamente bem....
Viver para depois morrer não chega, quero viver tudo o que a vida deixar, sem a obrigação de ter de cumprir os meus objectivos, sem a pressão de ter de ser feliz, só se é feliz quando nem nos lembramos que a felicidade existe...
1 comentário:
não consigo entrar na pasta luis graça
Enviar um comentário